sexta-feira, 16 de março de 2012

O trato dos Viventes


Primeiramente o entra-se  em questão a efetividade das colônias em sua formação. O fato do domínio tecnológico, tanto com a navegação e produção, não garante de imediato uma boa colonização. Era preciso não somente do domínio dos novos povos, mas também o domino dos próprios colonos.
Nas Américas havia um alto grau de desarmonia entre os colonos e o clero. A coroa tenta uma forma de transformar os índios em servos estabelecendo o vinculo de vassalagem, no entanto essa medida desagrada os colonos , que querem o trabalho escravos dos nativos.
Esses impasses geraram revoltas, mas que foram sabiamente controladas pela Coroa. Esses conflitos de interesses foram com o tempo se equilibrando até serem controlados por medidas e inovações nos campos da política econômica até serem apaziguados, ou pelo menos mudarem o foco.
Na África, não houve a mesma proteção aos nativos. Os Jesuítas que nas Américas adestravam os índios, na áfrica geravam rendas vendendo escravos. Isso não significa dizer que essa colônia era menos problemática. Pois ao perceber que o trafico de escravos era a mais importante fonte de renda nas colônias africanas, em alguns lugares foi a coroa desfaz o sistema de capitanias hereditárias, o que gera revoltas, mas quem também são apaziguadas em pouco tempo. E com o instrumento político-econômico do Asiento, Portugal passa a ter total monopólio do comercio de escravos, o que vai estabelecer a áfrica  como fornecedora de Mao de obra mais a frente.
Na Ásia o problema era outro, o excedente colonial se se realiza transformando em produção mercantil, mas devido as  dificuldades de fiscalização , a corrupção imperava  e era difícil a imposição das regras da metrópole.
Analisando essas características da exploração ultramarina, é claramente notável que existe um longo e complexo caminho entre colônia e exploração, onde as principais dificuldades  não são criados pelos nativos, mas sim pelos próprios colonos, pois alem d a luta com os nativos, ainda tem que se defenderem de outros colonizadores e estabelecer a fidelidade nos territórios conquistados.
A Europa que caminhava para o fortalecimento de seus reis e reinos no mesmo momento quem que se aventuravam nas conquistas ultramarinas. Essas conquistas têm um caráter de investimento, onde os grandes patronos eram as coroas, mas não somente. Uma grande presença de estrangeiros participava, contanto que aderisse as regras da coroa, entre a mais fundamental, a de serem católicos.
No entanto, após a estabilidade das forças das coroas, e uma aproximação com as autoridades católicas, ocorre a retomada do controle por parte das coroas de Portugal e Espanha em suas colônias, quase que banindo completamente a presença legal dos estrangeiros.
A consolidação do poder português no atlântico sul  se da basicamente pela implantação bem sucedida da economia escravista visto que uma vez perdido o controle do comercio no oriente, Portugal mostrou-se muito eficiente  em suas posições no Atlântico, chegando a ter o monopólio do comercio de escravos africanos.
O escravismo revelando ser a grande marca portuguesa na eficiência de sua exploração colonial, acaba por apaziguou pelo menos distrair os conflitos indígenas, alem de ordenar como funcionaria o colonialismo português.
O Brasil produziria e os Africanos trabalhariam. Embora tenha tido a tentativa de fazer a África Produzir, isso afetaria o equilíbrio da economia e das políticas coloniais.Tendo essas políticas, fica claro que o trafico negreiro esta diretamente ligado a formação e sustentação das colônias portuguesas. O Brasil, foi definido por esse trafico, pois a expansão da colônia se deu pela expansão das plantations , impulsionadas pelo trabalho dos escravos africanos.

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