terça-feira, 9 de janeiro de 2024
História de Pernambuco no Período Republicano
terça-feira, 2 de janeiro de 2024
A Revolução Praieira de 1848
Revolução Praieira
Contexto histórico: Ocorreu entre os anos de 1848 e 1850,
durante o segundo reinado. Teve inspirações na Primavera dos povos que ocorria
no mesmo período na Europa.
Descontentamentos: O principal elemento originário da
revolta era o privilegio político que o partido Conservador tinha em Pernambuco.
Impedindo a atuação dos liberais.
Ideais Liberais: Os liberais de Pernambuco organizavam-se no
Jornal Diário Novo, que se localizavam na Rua da Praia, onde havia intensos
debates liberais e criticas a estrutura conservadora da região.
Líderes da revolta: Pedro Ivo e Borges da Fonseca entre os
liberais, e a aristocracia pernambucana com as famílias Cavalcanti e Rego
Barros.
A Revolução Praieira: A população encontrava-se revoltada
com as desigualdades sociais, o monopólio comercial de portugueses a tomada do
poder pelo partido conservador. Os liberais iniciam um movimento Liberal,
publicando Seu “manifesto ao mundo”.
Manifesto ao Mundo: voto livre e universal, Liberdade de
imprensa, O trabalho como garantia de vida para o cidadão, O comercio para
Brasileiros, Independência entre os podere4s, extinção do poder moderador,
Organização federalista, Estabelecimentos dos direitos do cidadão, etc.
A Revolta: Começa em Olinda e recife, mas mesmo tendo apoio urbano não conseguiu se espalhar para outras províncias e acabou isolada. O Governo imperial agiu com força total e reprimiu a revolução, no entanto por ordens do imperador a punições aos revoltosos foram mais brandas do que as punições passadas na região.
A Cabanada de Pernambuco e Alagoas
Cabanada
Contexto: Durante o Brasil Império, Período Regencial,
envolvendo as regiões de Pernambuco e Alagoas.
Causas: Movimento de origem conservadora, no entanto houve
uma progressão do protagonismo da revolta, saindo das elites conservadoras,
para os populares.
Motivações: Inicialmente tratava-se de um movimento restaurador,
questionava a autoridade regencial e queria a volta de D. Pedro I, mas após a
morte de D. Pedro I, o movimento restaurador desapareceu, mas não as críticas
ao modelo liberal regencial.
Os Cabanos: Eram pessoas que viviam longe dos grandes
centros urbanos, índios, escravos fugidos e posseiros. Entre os posseiros havia
mestiços livres, e homens brancos pobres.
O Conflito: após os eventos da guerra contra a confederação
do equador, as elites conservadoras que apoiaram o Império começaram a perder
espaço politico com a renuncia de D. Pedro I. Essas elites armaram e
financiaram os cabanos, e em uma tentativa de retomar o poder em Pernambuco começaram
a cobrar levantes contra as tropas do agora governo regencial.
A Cabanada: os cabanos defendiam a ideia de que o Imperador
tinha sofrido um golpe, e não só queriam o seu retorno, mas também queriam que
as elites agrarias conservadoras reassumissem o controle da província, pois os
atuais governantes liberais estavam tomando as terras dos posseiros. Havia também
o caráter religioso, com os cabanos defendendo a ideia de que os liberais eram
contra a igreja.
Vicente de Paula: assumiu posteriormente a liderança do movimento
e começa uma fase de mais intensos combates. Conhecido como ladrão de escravos
pelos Governistas, era tratado como um general das matas.
A Regência e as províncias de Pernambuco e Alagoas: inicialmente
a regência não mandou tropas imperiais diretamente para o conflito, delegando
para os presidentes das províncias que lutassem em nome do Império. No começo da
cabanada não havia uma colaboração entre alagoas e Pernambuco, com as províncias
tentando isoladamente acabar com a revolta. Após a troca de vários presidentes
da província de Pernambuco, o governo regencial resolve assumir a estratégia de
combate a revolta.
O Fim do conflito: Mesmo os cabanos tendo inúmeras vitorias táticas,
nunca conseguiram consolidar uma posição fixa para se estabelecerem, chegaram a
tomar posições importantes como povoados e vilas entre o sul de Pernambuco e
norte de alagoas, sendo uma das mais importantes a tomada do porto de Barra Grande.
Mas por se tratar de uma guerrilha, não tinham homens suficientes para
enfrentar um assalto das forças imperiais.
A principal estratégia do império, foi mandar padres para a região
e convencer as pessoas de que a regência não era contra a igreja e que D. Pedro
I tinha fugido do pais por vontade própria, e após a morte de D. Pedro I, os restauradores
não tinham amis motivos para continuar. Houve também a promessa de tratamento
de uma praga que se espalhou na época para quem se rendesse (A bexiga), E principalmente,
para os brancos pobres, houve a promessa que teriam suas terras, sementes e
ferramentas, fazendo assim com que o movimento perdesse força.
Os únicos que ainda continuaram firmes foram a guarda negra
liderada por Vicente de Paula, conhecido como os papa méis, ele realizavam
ataques em fazendas libertando negros, após o conflito que durou de 1832 a 1834,
Vicente os papa méis se retiraram para as matas onde fundaram acampamentos de resistência,
mas sem grandes aparições ate 1848, com a revolução praieira.