Cabanada
Contexto: Durante o Brasil Império, Período Regencial,
envolvendo as regiões de Pernambuco e Alagoas.
Causas: Movimento de origem conservadora, no entanto houve
uma progressão do protagonismo da revolta, saindo das elites conservadoras,
para os populares.
Motivações: Inicialmente tratava-se de um movimento restaurador,
questionava a autoridade regencial e queria a volta de D. Pedro I, mas após a
morte de D. Pedro I, o movimento restaurador desapareceu, mas não as críticas
ao modelo liberal regencial.
Os Cabanos: Eram pessoas que viviam longe dos grandes
centros urbanos, índios, escravos fugidos e posseiros. Entre os posseiros havia
mestiços livres, e homens brancos pobres.
O Conflito: após os eventos da guerra contra a confederação
do equador, as elites conservadoras que apoiaram o Império começaram a perder
espaço politico com a renuncia de D. Pedro I. Essas elites armaram e
financiaram os cabanos, e em uma tentativa de retomar o poder em Pernambuco começaram
a cobrar levantes contra as tropas do agora governo regencial.
A Cabanada: os cabanos defendiam a ideia de que o Imperador
tinha sofrido um golpe, e não só queriam o seu retorno, mas também queriam que
as elites agrarias conservadoras reassumissem o controle da província, pois os
atuais governantes liberais estavam tomando as terras dos posseiros. Havia também
o caráter religioso, com os cabanos defendendo a ideia de que os liberais eram
contra a igreja.
Vicente de Paula: assumiu posteriormente a liderança do movimento
e começa uma fase de mais intensos combates. Conhecido como ladrão de escravos
pelos Governistas, era tratado como um general das matas.
A Regência e as províncias de Pernambuco e Alagoas: inicialmente
a regência não mandou tropas imperiais diretamente para o conflito, delegando
para os presidentes das províncias que lutassem em nome do Império. No começo da
cabanada não havia uma colaboração entre alagoas e Pernambuco, com as províncias
tentando isoladamente acabar com a revolta. Após a troca de vários presidentes
da província de Pernambuco, o governo regencial resolve assumir a estratégia de
combate a revolta.
O Fim do conflito: Mesmo os cabanos tendo inúmeras vitorias táticas,
nunca conseguiram consolidar uma posição fixa para se estabelecerem, chegaram a
tomar posições importantes como povoados e vilas entre o sul de Pernambuco e
norte de alagoas, sendo uma das mais importantes a tomada do porto de Barra Grande.
Mas por se tratar de uma guerrilha, não tinham homens suficientes para
enfrentar um assalto das forças imperiais.
A principal estratégia do império, foi mandar padres para a região
e convencer as pessoas de que a regência não era contra a igreja e que D. Pedro
I tinha fugido do pais por vontade própria, e após a morte de D. Pedro I, os restauradores
não tinham amis motivos para continuar. Houve também a promessa de tratamento
de uma praga que se espalhou na época para quem se rendesse (A bexiga), E principalmente,
para os brancos pobres, houve a promessa que teriam suas terras, sementes e
ferramentas, fazendo assim com que o movimento perdesse força.
Os únicos que ainda continuaram firmes foram a guarda negra
liderada por Vicente de Paula, conhecido como os papa méis, ele realizavam
ataques em fazendas libertando negros, após o conflito que durou de 1832 a 1834,
Vicente os papa méis se retiraram para as matas onde fundaram acampamentos de resistência,
mas sem grandes aparições ate 1848, com a revolução praieira.
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