terça-feira, 2 de janeiro de 2024

A Cabanada de Pernambuco e Alagoas

 

Cabanada

Contexto: Durante o Brasil Império, Período Regencial, envolvendo as regiões de Pernambuco e Alagoas.

Causas: Movimento de origem conservadora, no entanto houve uma progressão do protagonismo da revolta, saindo das elites conservadoras, para os populares.

Motivações: Inicialmente tratava-se de um movimento restaurador, questionava a autoridade regencial e queria a volta de D. Pedro I, mas após a morte de D. Pedro I, o movimento restaurador desapareceu, mas não as críticas ao modelo liberal regencial.

Os Cabanos: Eram pessoas que viviam longe dos grandes centros urbanos, índios, escravos fugidos e posseiros. Entre os posseiros havia mestiços livres, e homens brancos pobres.

O Conflito: após os eventos da guerra contra a confederação do equador, as elites conservadoras que apoiaram o Império começaram a perder espaço politico com a renuncia de D. Pedro I. Essas elites armaram e financiaram os cabanos, e em uma tentativa de retomar o poder em Pernambuco começaram a cobrar levantes contra as tropas do agora governo regencial.

A Cabanada: os cabanos defendiam a ideia de que o Imperador tinha sofrido um golpe, e não só queriam o seu retorno, mas também queriam que as elites agrarias conservadoras reassumissem o controle da província, pois os atuais governantes liberais estavam tomando as terras dos posseiros. Havia também o caráter religioso, com os cabanos defendendo a ideia de que os liberais eram contra a igreja.


Vicente de Paula: assumiu posteriormente a liderança do movimento e começa uma fase de mais intensos combates. Conhecido como ladrão de escravos pelos Governistas, era tratado como um general das matas.

A Regência e as províncias de Pernambuco e Alagoas: inicialmente a regência não mandou tropas imperiais diretamente para o conflito, delegando para os presidentes das províncias que lutassem em nome do Império. No começo da cabanada não havia uma colaboração entre alagoas e Pernambuco, com as províncias tentando isoladamente acabar com a revolta. Após a troca de vários presidentes da província de Pernambuco, o governo regencial resolve assumir a estratégia de combate a revolta.


O Fim do conflito: Mesmo os cabanos tendo inúmeras vitorias táticas, nunca conseguiram consolidar uma posição fixa para se estabelecerem, chegaram a tomar posições importantes como povoados e vilas entre o sul de Pernambuco e norte de alagoas, sendo uma das mais importantes a tomada do porto de Barra Grande. Mas por se tratar de uma guerrilha, não tinham homens suficientes para enfrentar um assalto das forças imperiais.

A principal estratégia do império, foi mandar padres para a região e convencer as pessoas de que a regência não era contra a igreja e que D. Pedro I tinha fugido do pais por vontade própria, e após a morte de D. Pedro I, os restauradores não tinham amis motivos para continuar. Houve também a promessa de tratamento de uma praga que se espalhou na época para quem se rendesse (A bexiga), E principalmente, para os brancos pobres, houve a promessa que teriam suas terras, sementes e ferramentas, fazendo assim com que o movimento perdesse força.

Os únicos que ainda continuaram firmes foram a guarda negra liderada por Vicente de Paula, conhecido como os papa méis, ele realizavam ataques em fazendas libertando negros, após o conflito que durou de 1832 a 1834, Vicente os papa méis se retiraram para as matas onde fundaram acampamentos de resistência, mas sem grandes aparições ate 1848, com a revolução praieira.

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