sexta-feira, 1 de junho de 2012

A riqueza das nações , Adam Smith


A riqueza das nações – Adam Smith
Em sua obra Adam Smith coloca em questão o que para ele seria o real sentido e melhor funcionamento desse organismo financeiro chamado Estado. Considerado por muitos como o pai , ou idealizador do liberalismo econômico.
O autor desenvolve em sua obra toda uma estrutura ideal para o desenvolvimento do homem e sua economia. Tratando desde a divisão do trabalho, até a influencia do Estado em relação as políticas econômicas. Sem duvida a parte mais importante de sua obra é a questão da interferência do Estado em assuntos financeiros. O autor é o fornecedor dos ideais liberais embrionários, que mais tarde vai tomar corpo no sec. xx e xxi como o neoliberalismo econômico.
A ideia da não interferência do Estado, a ideia de que o mercado iria trabalhar para resolver as demandas da sociedade de forma natural é sem duvida o grande auge intelectual da sociedade burguesa.
Tratando mais a respeito de sua obra, o autor aborda separadamente diversos temas a respeito da sociedade europeia. Temos primariamente a discussão a respeito dos problemas associados à divisão do trabalho, bem como a relação com as trocas, no sentido do valor dos preços, a problemática do dinheiro e dos rendimentos. Onde vemos em seguida a temática da acumulação do capital.
Podemos então entender essa obra como basilar para o entendimento das políticas burguesas contemporâneas, visto que trata-se de uma obra de análise e formação filosófica a respeito de todo um modo de produção, tendo em vista que esta obra também é contemporânea a revolução industrial que vai ocorrer na Europa.

Verbetes Políticos da Enciclopédia, Diderot e D’Alambert


Verbetes Políticos da enciclopédia, Diderot e D’Alambert
O texto é apresentado em forma de 8 temas. São temas pertinentes ao entendimento político da época da formação dos Estados modernos.
Autoridade política, vemos que a todo poder emana de duas fontes, a força e a violência. Tudo depende a forma com que o mais forte impõe-se sobre o mais fraco, e como o dominado aceita sua dominação. Temos que uma explicação da origem, ou pelo menos do entendimento de como se dava as relações de poder político.segundo o texto, o poder verdadeiro e legitimo tem limites, e toda submissão deve ser razoável.
A cidade, é o entendimento que temos dos agrupamentos primários de varias famílias, onde encontramos a transferência  do uso da força e das vontades passa a ser de uma pessoa moral, em busca da segurança e tranquilidade dos demais aspectos da vida. As pessoas tem a tendência de em horas de instabilidade de um sistema procurar um partido que venha a lhe trazer a estabilidade o mais rápido e melhor possível. Nessa parte do texto nos é apresentada a ideia de que o melhor governo é aquele q dura mais e com melhor qualidade.
A democracia, seria o governo onde o povo detém o status de soberano e de súdito ao mesmo tempo. Quando falamos em democracia estamos lidando com o governo onde o povo detém a situação de definir os rumos que sua sociedade deve tomar, no entanto pode ocorrer de apenas uma parte desse povo deter esse poder, ai teremos uma aristocracia. Em todo caso o poder da democracia é exercido por meio de uma assembleia, e é nela que se encontra a vivencia e funcionamento do Estado.
Despotismo, é o governo tirânico exercido por um homem só. Embora seu elemento de controle seja a violência, isso não significa que por regra o tirano deva ser violento, ele também pode agir em função do bem estar do povo. Embora deva valorizar sempre sua força como única lei do Estado, não existindo assim leis civis em favor do povo de forma que venha de encontro com a do soberano.
Direito Natural, para essa compreensão o autor define o direito como sendo o fundamento da justiça. Sendo que direito é a parte devida a cada um no que lhe é de direito, no entanto aborda de forma muito confusa o que vem a ser esse direito, estabelecendo no entanto que embora o direito seja uma necessidade e obrigação de todos o estados, quando estamos falando na formação desses direitos em uma democracia devemos ter em mente que deve-se sempre renovar a assembleia e as questões aplicadas, pois se isso não acontecer veríamos a formação de uma aristocracia e por sua vez a ascensão de uma tirania.
Republica, é o sistema em que o povo por forma de um corpo ou uma parte dele detém o poder soberano. Sendo que quando temos uma república onde o poder esta nas mãos de uma assembleia de cidadoa temos uma democracia, quando esse poder esta cocentrado em um único homem temos a tirania. A república pode ser também formada por vários corpos políticos ai teremos uma republica federativa.
Sociedade, é a forma natural da convivência humana, visto que se fosse da natureza humana ser individualista não teríamos as habilidades naturais da construção social. No entanto devemos perceber que certas posições devem ser tomadas na vida em sociedade, como por exemplo , o fato de quem nem um homem deveria  ser superior a outro. O objetivo da vida em sociedade deve ser a busca pelo bem comum, onde a sociedade deve-se desenvolver uma capacidade de melhorar a vida dos homens que a compõe.
Tirania, é a forma de governo que não é limitado pela lei. Pode ser real, quando vemos uma violência do governo propriamente dito, mas também pode ser de opinião, quando aqueles que governam  tomam atitudes que não vão necessariamente de acordo com os interesses do bem comum da sociedade.

A crise do sec. XVII, Adhemar Marques(org.)


A crise do sec. XVII,  Adhemar Marques(org.)
  Nesse texto Marques traz várias obras de autores diversos sobre o tema da crise no sec. Xvii, onde podemos ver uma instabilidade clara desse novo sistema, o mercantilismo. Temos então a discussão em relação a esses eventos.
  Primeiramente nos é apresentada a concepção de Suzane Pillorget onde ela defende que a crise tem seu agravamento na crise de produção de metais. Sendo a busca por metais um dos grandes interesses do mercantilismo, uma crise no setor de produção de prata e ouro afeta diretamente os Estados que funcionam nessa lógica.
  Para Eric Hobsbawm a crise do sec. XVII é o momento em que a ultima barreira que entrava o sistema capitalista é removido, sendo a ultima etapa da transição do feudalismo para o capitalismo. Durante o inicio do sec. XVII a sociedade burguesa  prosperou sem encontrar grandes obstáculos, isso de certa forma gerou as tensões que vão gerar a crise. Pois temos também a transição do comercio e da atividade naval que sai do mediterrâneo para o Oceano Atlântico, tornando as cidades italianas estagnadas e empobrecidas, algo de muito prejuízo pra quem foi durante muito tempo a referencia de economia e cultura. Por fim, Hobsbawn da sua explicação através do entendimento das relações comerciais e mercantis.
  Para A.D. Lublinskaya a crise deve-se  as guerras civis, baixa produtividade da industria manufatureira, acumulação de capital limitada e ausência de benefícios diretos das áreas coloniais. No entanto de certa forma tenta focar a crise mais particularmente, e usa da frança principalmente para fazer essas analises da crise.
  Para H. R. Trevor Roper a crise do sec. XVII não se trava de uma crise de constituição do sistema financeiro, ou do sistema capitalista, mas sim uma crise do Estado. Devemos lembrar quem esse período de acumulação primitiva do capital que fundou as bases do estado moderno, no entanto o capitalismo se tornou maior do que o próprio Estado, o que evidentemente passou por varias mudanças, agora não mais pra adequar o sistema ao Estado, mas sim para adequar o Estado ao sistema.