sexta-feira, 1 de junho de 2012

A crise do sec. XVII, Adhemar Marques(org.)


A crise do sec. XVII,  Adhemar Marques(org.)
  Nesse texto Marques traz várias obras de autores diversos sobre o tema da crise no sec. Xvii, onde podemos ver uma instabilidade clara desse novo sistema, o mercantilismo. Temos então a discussão em relação a esses eventos.
  Primeiramente nos é apresentada a concepção de Suzane Pillorget onde ela defende que a crise tem seu agravamento na crise de produção de metais. Sendo a busca por metais um dos grandes interesses do mercantilismo, uma crise no setor de produção de prata e ouro afeta diretamente os Estados que funcionam nessa lógica.
  Para Eric Hobsbawm a crise do sec. XVII é o momento em que a ultima barreira que entrava o sistema capitalista é removido, sendo a ultima etapa da transição do feudalismo para o capitalismo. Durante o inicio do sec. XVII a sociedade burguesa  prosperou sem encontrar grandes obstáculos, isso de certa forma gerou as tensões que vão gerar a crise. Pois temos também a transição do comercio e da atividade naval que sai do mediterrâneo para o Oceano Atlântico, tornando as cidades italianas estagnadas e empobrecidas, algo de muito prejuízo pra quem foi durante muito tempo a referencia de economia e cultura. Por fim, Hobsbawn da sua explicação através do entendimento das relações comerciais e mercantis.
  Para A.D. Lublinskaya a crise deve-se  as guerras civis, baixa produtividade da industria manufatureira, acumulação de capital limitada e ausência de benefícios diretos das áreas coloniais. No entanto de certa forma tenta focar a crise mais particularmente, e usa da frança principalmente para fazer essas analises da crise.
  Para H. R. Trevor Roper a crise do sec. XVII não se trava de uma crise de constituição do sistema financeiro, ou do sistema capitalista, mas sim uma crise do Estado. Devemos lembrar quem esse período de acumulação primitiva do capital que fundou as bases do estado moderno, no entanto o capitalismo se tornou maior do que o próprio Estado, o que evidentemente passou por varias mudanças, agora não mais pra adequar o sistema ao Estado, mas sim para adequar o Estado ao sistema.

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