A crise do sec. XVII,
Adhemar Marques(org.)
Nesse texto Marques traz várias
obras de autores diversos sobre o tema da crise no sec. Xvii, onde podemos ver
uma instabilidade clara desse novo sistema, o mercantilismo. Temos então a discussão
em relação a esses eventos.
Primeiramente nos é apresentada a
concepção de Suzane Pillorget onde ela defende que a crise tem seu agravamento
na crise de produção de metais. Sendo a busca por metais um dos grandes interesses
do mercantilismo, uma crise no setor de produção de prata e ouro afeta
diretamente os Estados que funcionam nessa lógica.
Para Eric Hobsbawm a crise do
sec. XVII é o momento em que a ultima barreira que entrava o sistema
capitalista é removido, sendo a ultima etapa da transição do feudalismo para o
capitalismo. Durante o inicio do sec. XVII a sociedade burguesa prosperou sem encontrar grandes obstáculos,
isso de certa forma gerou as tensões que vão gerar a crise. Pois temos também a
transição do comercio e da atividade naval que sai do mediterrâneo para o
Oceano Atlântico, tornando as cidades italianas estagnadas e empobrecidas, algo
de muito prejuízo pra quem foi durante muito tempo a referencia de economia e
cultura. Por fim, Hobsbawn da sua explicação através do entendimento das relações
comerciais e mercantis.
Para A.D. Lublinskaya a crise
deve-se as guerras civis, baixa
produtividade da industria manufatureira, acumulação de capital limitada e
ausência de benefícios diretos das áreas coloniais. No entanto de certa forma tenta
focar a crise mais particularmente, e usa da frança principalmente para fazer
essas analises da crise.
Para H. R. Trevor Roper a crise
do sec. XVII não se trava de uma crise de constituição do sistema financeiro,
ou do sistema capitalista, mas sim uma crise do Estado. Devemos lembrar quem
esse período de acumulação primitiva do capital que fundou as bases do estado
moderno, no entanto o capitalismo se tornou maior do que o próprio Estado, o
que evidentemente passou por varias mudanças, agora não mais pra adequar o
sistema ao Estado, mas sim para adequar o Estado ao sistema.
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