quarta-feira, 8 de maio de 2024
terça-feira, 7 de maio de 2024
Idade Média
terça-feira, 30 de abril de 2024
A Proclamarão da República, Golpe ou Revolução?
É bem provável que todo
brasileiro já tenha ouvido falar da Proclamação da República, seja pelas aulas
da escola ou por termos um feriado dedicado a esse evento. No entanto uma importante
reflexão que precisamos compreender é de como esse evento está ligado ao nosso
dia a dia mesmo tendo ocorrido a mais de um século.
Uma das atuais críticas que se
faz ao processo de Proclamação da República é devido ao questionamento de
conceitos que recentemente começaram a ser abordados, dentre eles, foi um golpe
ou uma revolução?
Alguns historiadores mais
tradicionais podem afirmar que se trata de uma revolução por se tratar do
encerramento do regime monárquico e início de uma república. E de fato isso
ocorreu, com uma nova constituição estabelecendo todo um novo Estado de
direitos e garantias republicanas, definindo cargos e funções, e como as novas
legislações deveriam abordar a vida do brasileiro a partir do dia 15 de
novembro de 1889.
Mas, se houve uma mudança no
sistema de governo e até mesmo uma mudança no nome do Estado brasileiro, vindo
a chamar-se Estados Unidos do Brasil, de onde vem a interpretação de que se
trataria de um golpe?
Um dos elementos que
caracterizaria a definição de golpe ou revolução seria a mudança do status quo.
No caso do Brasil houve sim a mudança do regime de governo, no entanto não
houve a mudança de classe social dominante. Os grandes senhores latifundiários,
a aristocracia militar, a burguesia mercantil, e o capital estrangeiro
estabelecido continuaram a ser a elite social dominante no Brasil pós
Proclamação da República.
De um certo modo o que houve no
Brasil foi a substituição de um governo monárquico que começaram desagradar a
elite social por fatores como, o fim da escravidão sem a indenização dos
latifundiários, a baixa representatividade dos militares no governo após a
guerra do Paraguai, os conflitos de interesses com a igreja, e a instabilidade
cultural em relação à sucessão de Dom Pedro II que poderia vir a se tornar uma
instabilidade política e consequentemente econômica.
A transformação do Brasil em uma
República seria então uma necessidade da elite social estabelecida de manter o
seu status quo de dominação, visto que a monarquia não mais atenderia suas
necessidades e de certa forma até mesmo ameaçaria sua continuidade na dominação
do Brasil.
Observando o contexto
Internacional, as grandes nações do mundo europeu, os Estados Unidos da América
e o Japão concluíam seu processo de industrialização em finais do século XIX. O
Brasil neste mesmo período tinha voltado seu pequeno surto industrial para
atender as demandas de suas plantation, o que tinha demonstrado enorme
potencial industrial para o Brasil, e isso ameaçava não só a elite agrária
nacional mas também a concorrência industrial estrangeira.
A Proclamação da República então
representa muito mais continuidades do que mudanças, pois agora não seria mais
necessário um governo representando os interesses da elite agrária, a própria aristocracia
rural brasileira iria se candidatar, eleger e ser eleita no sistema republicano
defendendo assim os seus próprios interesses.
segunda-feira, 29 de abril de 2024
Império Romano
Transição da República para o Império
Julius Caesar: O caminho para o império começou com as reformas e a centralização do poder por Júlio César.
Augustus: Após o assassinato de César, seu sobrinho e herdeiro adotivo Augustus (anteriormente conhecido como Octavian) derrotou seus rivais e tornou-se o primeiro imperador de Roma em 27 a.C., marcando o início do Império Romano.Legado Político: Instituições como o Senado continuaram a existir, mas o poder real estava nas mãos do imperador
Imperadores Romanos
Governantes Notáveis
Dinastia Flaviana: Vespasiano, que começou a construção do Coliseu, e seus filhos Titus e Domitian.
Declínio Dinástico e Crises
Ano dos Quatro Imperadores: Um período de guerra civil e instabilidade política.
Pax Romana
Definição e Características
Prosperidade Econômica: Expansão do comércio, melhorias na infraestrutura e ausência de grandes conflitos internos ou invasões.
Surgimento do Cristianismo
Origens e Expansão
https://www.youtube.com/watch?v=-lRIStDZ0Ao
Apóstolos e Evangelização: Os seguidores de Jesus espalharam seus ensinamentos por todo o império.
Perseguições: Os cristãos foram inicialmente perseguidos por suas crenças.
Legalização e Adoção como Religião do Estado
Divisão do Império
Causas e Execução
Divisão Permanente: O império foi dividido finalmente em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente no final do século IV.
Invasões Bárbaras
Povos e Movimentos
Saque de Roma: Em 410 d.C., os visigodos saquearam a cidade de Roma.
Contratos foederati: Acordos com tribos bárbaras para defender as fronteiras, que minaram a autoridade imperial.
Queda de Roma
Invasão de 476 d.C.: Odoacro, um líder germânico, depôs o último imperador romano do Ocidente, Romulus Augustulus.
Fim Oficial do Império Romano do Ocidente: O Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino, continuou a existir até 1453.
quinta-feira, 25 de abril de 2024
Auguste Comte
Auguste Comte foi um influente filósofo francês do século XIX, conhecido por sua teoria do Positivismo, que teve um impacto significativo no desenvolvimento da sociologia e da filosofia.
Comte é considerado o fundador do Positivismo, uma abordagem filosófica que enfatiza a importância do conhecimento científico, baseado na observação empírica, na análise e na experimentação, como meio de compreender o mundo.
Comte propôs a ideia de "física social", que buscava aplicar os princípios da ciência natural ao estudo da sociedade, argumentando que a sociedade deveria ser compreendida e estudada de maneira científica, semelhante às leis da física.
Uma das contribuições mais famosas de Comte foi a "Lei dos Três Estágios", que descreve a evolução do pensamento humano em três estágios: o estágio teológico, o estágio metafísico e o estágio positivo, onde a compreensão científica predomina.
No estágio teológico, a explicação dos fenômenos naturais e sociais é baseada em forças sobrenaturais, divindades e entidades místicas, refletindo uma compreensão religiosa e mitológica do mundo.
No estágio metafísico, as explicações baseiam-se em entidades abstratas e conceitos gerais, como "essência" ou "natureza", representando uma transição da explicação religiosa para uma abordagem mais racional, mas ainda não científica.
No estágio positivo, a compreensão dos fenômenos é baseada em observações empíricas, leis naturais e relações causais, refletindo uma abordagem científica e sistemática para o conhecimento.
Comte propôs uma reorganização social baseada na aplicação do método científico para resolver problemas sociais, defendendo a criação de uma "religião da humanidade" e a ênfase na solidariedade social e no bem-estar coletivo.
Comte é reconhecido como um dos precursores da sociologia, enfatizando a importância da observação empírica e do estudo sistemático da sociedade, influenciando assim o desenvolvimento dessa disciplina.
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes foi um filósofo político e pensador inglês do século XVII, nascido em 1588. Ele é mais conhecido por sua obra "Leviatã", na qual desenvolveu teorias políticas e sociais revolucionárias.
Hobbes viveu em um período de intensa agitação política na Inglaterra, incluindo a Guerra Civil Inglesa. Esse contexto influenciou fortemente suas visões sobre a natureza humana e a organização política.
Hobbes desenvolveu a ideia do estado de natureza, no qual os seres humanos, em sua condição natural, estariam em constante competição e conflito, levando a uma vida "solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta".
Para escapar do estado de natureza caótico, Hobbes propôs a ideia do contrato social, no qual as pessoas concordam em abrir mão de certos direitos em troca de segurança e ordem, formando assim um governo soberano.
A obra mais famosa de Hobbes, "Leviatã" (1651), apresenta sua teoria política, defendendo um poder soberano absoluto, que ele comparou a um "Leviatã", um monstro mitológico, simbolizando o Estado.
Hobbes era um materialista, acreditando que tudo no universo era composto por matéria e movimento. Além disso, ele defendia um determinismo rígido, argumentando que todas as ações humanas eram causadas por antecedentes físicos.
As ideias de Hobbes tiveram um impacto duradouro na filosofia política, influenciando pensadores posteriores, como John Locke, Rousseau e até mesmo filósofos contemporâneos, devido à sua abordagem radical da natureza humana e do Estado.
Além de "Leviatã", Hobbes também escreveu outras obras importantes, como "Do Cidadão" e "De Corpore", nas quais explorou questões filosóficas, políticas e científicas.
Hobbes defendia uma visão mecanicista e secular do mundo, o que o levou a conflitos com autoridades religiosas, sendo acusado de ateísmo por suas opiniões sobre a natureza de Deus e a autoridade da Bíblia.
quarta-feira, 24 de abril de 2024
Filosofia Patrística
A Filosofia de Heráclito e Parmênides
Heráclito:
Panta Rhei (Tudo Flui):
Heráclito é famoso por sua doutrina do "panta rhei", que significa "tudo flui".
Ele argumentava que o universo está em constante mudança e fluxo perpétuo.
Nada permanece o mesmo, tudo está em um estado de constante transformação.
Ele usava a metáfora do rio para ilustrar esse conceito, afirmando que é impossível entrar no mesmo rio duas vezes, pois tanto o rio quanto o indivíduo que entra nele estão sempre mudando.
Logos:
Heráclito introduziu o conceito de "logos", que pode ser traduzido como razão, palavra, princípio ou lei.
Para ele, o logos é a ordem subjacente ao cosmos, a força que governa e harmoniza o universo em meio ao seu constante fluxo.
É uma espécie de princípio organizador que mantém a coesão e a unidade por trás da diversidade aparente.
Conflito e Harmonia:
Heráclito via o conflito como uma parte intrínseca da realidade.
Ele acreditava que o conflito é o que impulsiona a mudança e o progresso.
No entanto, ele também enfatizava a ideia de uma harmonia subjacente, um equilíbrio entre forças opostas que mantém o universo em ordem.
Ser e Não-Ser:
Parmênides argumentava que o ser é o único objeto legítimo de investigação filosófica, enquanto o não-ser é ininteligível e não tem existência real.
Ele defendia que o ser é uno, imutável e eterno, enquanto o não-ser não existe.
Portanto, qualquer mudança ou variação é ilusória.
Parmênides fazia uma distinção radical entre a aparência (o mundo percebido pelos sentidos) e a realidade (o ser imutável).
Ele argumentava que nossos sentidos podem nos enganar e nos levar a acreditar em uma realidade ilusória.
A verdadeira realidade só pode ser alcançada através do pensamento racional e lógico, não através da percepção sensorial.
Imobilidade e Unidade:
Parmênides enfatizava a imobilidade e a unidade do ser.
Ele acreditava que o ser é indivisível e não pode ser alterado de forma alguma.
O ser é eterno, sem começo nem fim, e não pode ser afetado por qualquer forma de mudança ou movimento.