A Crise do Feudalismo
Para explicar a crise geral do
feudalismo o autor coloca o sec. XIV em evidencia, não que essa data seja o
inicio, mas sim onde se fica bem claro as deficiências do sistema de produção
feudal.
O modo de produção na idade media acabou por ser seu
próprio destruidor, as crises na agricultura devido ao mau uso da terra fez com
que o sistema entrasse em colapso, que por sua vez aumentou as taxas de
mortalidade, o que fez com que o trabalho dos servos ficassem sobrecarregados ,
pois eles ainda assim teriam que manter a produção que o senhor feudal
desejaria.
O comercio e as cidades em crescimento atenuariam
esse processo de crise do feudalismo. O consumo de bens manufaturados pelos
nobres aumenta bem como a violência da época. E esse movimento de saída do
campo para a cidade acaba sendo descrito como um processo de transformação
social, onde os camponeses irão procurar as cidades, na esperança de se livrar
das pesadas obrigações nos campos dos senhores feudais.
A acentuada falta de mão-de-obra nos campos fazia
com que o senhor feudal cobrasse mais dos servos que ainda tinha, pois dessa
relação de apropriação do excedente dos servos é que vinha o luxo da nobreza, no
entanto havia também a expansão do consumo dos bens manufaturados, e por sua
vez a busca por mão-de-obra, logo o desejo de uma vida mais justa iria atrais
os camponeses para as cidades, e seriam muito bem utilizados nas funções
urbanas.
Porem essa saída do campo para a cidade não se
deu tranquilamente e pacificamente. Em
muitos casos, houve revoltas, pois os nobres não queriam perder seus
trabalhadores. Uma dessas revoltas Jaquerie, onde foram assassinados nobres
incluindo suas mulheres e crianças, e viu-se também a formação de alianças na
tentativa de conter esses rebeldes. Nas revoltas de Gande e de Paris vemos um
grande levante popular contra a nobreza
inclusive contra o próprio rei , saqueado os cobradores de impostos
diretamente.
Essa acumulação de pessoas nas cidades não se deu de
forma organizada, mas sim de forma apreçada e descontrolada, a falta de preparo
para essa carga pesada de pessoas gerou falência dos precários sistemas de manutenção
da ordem nas cidades, o que favoreceu a proliferação das doenças. A maior de
todas se deu em Florença, a mais bela cidade italiana também era a mais
calamitosa nos aspecto da vida humana. A peste negra como ficou conhecida matou
quase a metade da população européia.
É nesse complexo contexto que vem surgir o mercador
como uma figura em evidencia, onde suas praticas e condutas iram definir a
burguesia da era seguinte, pois agora com o aumento da importância do comercio
as cidades vão se tornar autônomas e poderosas a ponto de se livrar da
dependência dos senhores feudais.
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