quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

África - Brasil



África - Brasil
Introdução
Quando falamos nas relações África- Brasil temos que levar em consideração primeiramente o fato de estamos abordando dois lugares no globo que tem a experiência de dominador, mas divide a experiência de dominação. Temos origens históricas completamente distintas. Devemos nos lembrar que o Brasil compõe uma única nação, um único povo, e um único Estado nacional. A África, no entanto é um continente de grandes proporções e história,  com nações e povos diferentes compondo diversos Estados nacionais, alguns desses Estados formado com a força e as armas de Estados Europeus colonizadores concentrando em uma mesma região diversas nações.
Em sua origem, o Brasil fui construído com o objetivo de transformar as terras que Portugal havia conquistado em suas expansões marítimas em algo que pudessem trazer vantagem comercial em uma época onde o mercantilismo estava em crescimento. Para tanto foi preciso trazer para as terras tupiniquins mão de obra escrava, pois devido a uma serie de razões o trabalho compulsório com os nativos americanos não era economicamente viável.
A relação de Portugal com a áfrica no entanto é muito mais antiga que a do Brasil. Portugal encontrou no trafico negreiro de escravos saindo da áfrica para as Américas uma excelente forma de ganhar dinheiro, mas muito mais que isso, essa relação comercial bem sucedida possibilitou que as colônias portuguesas na áfrica se estabilizarem, tornando prosperas e lucrativas para os colonizadores.
Temos então uma breve origem historia que serve como base para o entendimento dessa complexa relação  de um país sul-americano com o continente africano. A analise e compreensão das relações diplomáticas é a melhor forma de como um Estado entende o outro ou uma situação política externa. Sendo assim a melhor forma de uma compreensão de uma relação Brasil-África. 
Um continente, milhares de nações.
Um dos primeiros esclarecimentos que devemos ter em questão da África é que suas fronteiras políticas foram praticamente delimitadas por nações  estrangeiras que em momento algum da historia respeitou as diferenças étnicas e sócio-culutrais dos povos que estavam obrigando a conviverem juntos em um mesmo espaço geográfica. Uma tragédia política que custa milhares de vidas até os dias de hoje.
Mesmo após a descolonização não houve um processo de ajustes de fronteiras no sentido de uma divisão respeitando os antigos conflitos. De certa forma vemos uma continuação dos sistemas onde coloca-se etnias menores e desvantagens de maiores.
Os teatros de guerras expandiram-se de forma significativa após as descolonizações. As etnias antes concentradas em lutar contra uma força estrangeira,  ou de certa forma coagida por tais forças, agora não encontram mais obstáculos para voltarem seus ódios contra suas antigas desavenças locais.
Guerras civis, guerras coloniais, total falta de infraestrutura governamental por parte dos países africanos acabam por dificultar as relações internacionais entre o continente africano e o resto do mundo, principalmente com países que durante a guerra fria possuíam pouca ou quase nem uma expressão internacional, entre estes o Brasil se encaixa perfeitamente como exemplo.
Um País sem nação
A formação do Brasil se deu de uma forma um tanto inusitada. Vemos que mesmo as pessoas que nascia em território brasileiro na época que ainda éramos colônia de Portugal, a cidadania era portuguesa. Houve uma seria turbulência no reconhecimento das cidadania brasileira após a independência, pois até mesmo o imperador Dom. Pedro I era português.
O Brasil teve sua formação social fundada nos valores portugueses da sociedade e religião. Porem a sociedade que se formou teve características peculiares devido a forma como se deu essa colonização. Estamos falando de uma colônia em que a maioria das pessoas que vinha eram homens, tanto os colonizadores portugueses, como os escravos africanos. A miscigenação e as necessidades culturais foram montando uma cultura bastante distinta da europeia.
Politicamente o Brasil sempre tentou criar um sentimento de unidade entre seus cidadãos, um tanto complexo, no entanto que de certa forma funcional, pois não há no Brasil varias formações culturais no sentido de querer uma identificação que não seja a de Brasileiro.

Em busca da diplomacia
Ocorreu durante os governos republicanos no Brasil uma tentativa de se manter uma diplomacia aberta com a África. No entanto devemos lembrar que mesmo após a proclamação da república no Brasil o continente africano ainda estava dominado pelas potencias europeias. Quando houve a discussão entre estender a influencia do Brasil na áfrica percebeu-se que a primeira barreira a ser quebrada seria as dos colonizadores.
A política externa brasileira sempre se propagando em uma atitude muito mais neutralista do que ostensivas logo tratou de não opinar, ou pelo mentos de não contrariar as nações colonizadoras da África. Tendo somente o envio e a regularização de suas políticas mais ousadas com relação ao tratamento diplomático com países africanos somente após a descolonização.
O envio e de delegações diplomáticas, e a vinda e instalações de consulados africanos se deu principalmente durante a segunda metade do século XX. Mas é no século XI que vemos o Brasil participando de políticas externas na África com mais ousadia e colocando seus interesses em disputa ate mesmo com seus antigos colonizadores. Tendo como principal vista, não somente o aumento das relações diplomáticas, mas principalmente as relações comerciais em foco.
Conclusão
As relações comerciais, econômicas, e por muitas vezes militares sempre foram o foco da diplomacia africana. Mesmo em tempos de colonização ou descolonização, até a tentativa da formação dos estados nacionais.
O grande motivador das expansões das relações diplomáticas do Brasil com a áfrica foi a tentativa de uma implantação de mercados brasileiros competitivos no continente até outrora dominado completamente por suas ex-colônias.
A busca por uma aproximação devido a um vinculo de um passado comum é sempre bem vida, e bem vista, no entanto não pode-se deixar de lado o fato de que se não houver um interesse econômico por traz disso essa relação tende a fracassar.  Os custos de uma relação diplomática é muito alto, e manter um consulado, ou pelo menos uma estrutura mínima de uma relação diplomática deve ser bancado de alguma forma, e nas sociedades capitalistas atuais, somente a busca por cultura ainda não é uma prioridade em seus valores.


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