Passagens da Antiguidade ao
Feudalismo
O modo de produção feudal se
baseia totalmente na produção na terra, as cidades feudais não exercem
inicialmente função produtiva significativa, isso só vai ocorrer com o
desenvolvimento do comercio. A organização do trabalho era feita por meio da
servidão, onde o camponês tinha a posse da terra e o trabalho, mas não tinha a
propriedade e seu excedente era expropriado pelo senhorio.
Por sua vês o senhor feudal presta
contas a outro senhor superior, era variável os graus de acordo com o lugar,
mas normalmente o ultimo gral era o monarca, mas quase sempre, esses últimos
graus a prestação de contas era normalmente sem serviços militares, pois mesmo
o monarca dependia quase que exclusivamente de seus próprios feudos, sendo
politicamente ignorado, uma das marcas do feudalismo é sua descentralização
política.
A formação social medieval nos
revela que o feudalismo enquanto sistema único não ocorreu na totalidade da
Europa, e nem tão rápido quanto o capitalismo mercantil. As formas sociais
antigas ainda sobreviviam e foram tomando a forma do feudalismo em algumas regiões,
enquanto em outras o feudalismo foi imposto a força. Tanto os trabalhadores
livres e donos de suas terras, como os
escravos ainda eram presentes durante a idade media, bem como as tradicionais
instituições de trabalho bárbaro. Após o colapso do império carolíngio é que
percebemos a formação do feudalismo mais tradicional, e na Inglaterra pós invasão
normanda que vemos o feudalismo em pleno vigor com todas as características
presentes.
A dinâmica feudal nos é apresentada
por meio das inovações que o período nos apresenta. Temos na idade media um
salto tecnológico quando nos referimos a produção agrícola. A introdução das
técnicas de cultivo e de descanso do solo, a introdução dos novos equipamentos
como o arado de ferro e o moinho hidráulico fizeram a produção crescer
significativamente.
Embora
se comparada com as eras seguintes o meio de produção feudal se mostrasse
precário, comparando com as eras anteriores fora uma verdadeira revolução na
qualidade da produção, o que levou conseqüentemente ao aumento significativo da
população, e com isso uma transformação nas lutas de classes.
Fica
claro a insistência dos camponeses em tentar melhorar sua qualidade de vida,
enquanto os nobres buscam a melhor forma de expropriar esse excedente
produzidos pelos servos. Vemos a partir daí
o surgimento dos primeiros trabalhos assalariados, e os senhores se
desfazendo de seus servos.
Não podemos deixar de perceber que
essa intenção movimentação no campo foi fundamental na evolução das cidades
medievais. No entanto, a grande geradora de renda era a atividade mercantil,
que com o passar do tempo deu poder e autonomia as cidades, que no princípio
era em muitos casos apenas mais uma propriedade do senhor feudal.
O desenvolvimento urbanos mais
abrangente na idade medida foi na Itália, que por sua vez era a mais poderosa
força mercantil da Europa medieval, dominando o comercio marítimo e liderando o
desenvolvimento intelectual medieval no campo das artes, filosofia, literatura,
arquitetura e etc.
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