Filosofia, Marilena Chaui,
Introdução (pg.9 a 18)
A autora
inicia o texto mostrando como se da o processo de formação dos questionamentos
que irão levar a formação das atividades cotidianas, simples ações que remetem
a convivência natural entre as pessoas, mostrando uma relação natural que se
tem, e que muitas vezes ocorrem de forma tão corriqueira que não se presta
atenção em como se pode ter uma profundidade intelectual a ser descoberta
nessas relações.
Daí surge a Atitude filosófica, definida no texto
como sendo o momento em que os questionamentos se voltam para a essência das relações.
Buscando uma melhor definição do que se
busca ao se relacionar , exemplificado no texto com perguntas como o que é o tempo? Ao contrario de
simplesmente perguntar que horas são?
Derivando da
atitude filosófica , surgem duas formas de atitude critica, uma positiva, e uma
negativa. A positiva é uma forma de romper com o senso comum, aos
pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fotos e idéias da experiência cotidiana. Enquanto a positiva
é uma forma de interrogação do que são essas forças que regem nossas vidas, e
por que elas são como são e o que elas representam.
No entanto a filosofia
passa por um duro teste todos os dias. Para a nossa cultura, uma coisa só é
valida se tiver uma função especifica, e deve atender alguma finalidade. No
entanto representar essa finalidade na filosofia é extremamente complicado,
pois nem mesmo as maiores universidades do mundo conseguem se chegar a um
conceito único e uma função especifica do vem a ser a filosofia e qual sua
objetividade.
Aparece um
debate sobre a relação da filosofia com a ciência, onde a autora da uma
definição bastante clara, sendo a verdade, pensamento, procedimentos especiais
para conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de
saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas.
Contudo,
percebe-se que cabe a filosofia perguntar o
que é, como é, e por que é. Por ser uma volta que o pensamento se realiza
sobre si mesmo, a filosófica se realiza como reflexão.A autora define essa
reflexão em ter momentos. Primeiro os
motivos, as razões e as causas, segundo é conteúdo ou o sentido, e terceiro a
intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e fazemos. Chega-se então, a
conclusão de que a filosófica funciona como um pensamento sistemático, onde não
se trata de dizer “eu acho que”, mas poder afirmar “ eu penso que”.
Na busca por
uma definição a autora mostra quatro idéias que primeiro tentarão explicar o
que é filosofia. São elas:
1- Visão
de mundo: conjunto de idéias, valores e praticas pelos quais uma sociedade
apreende e compreende o mundo e a si mesma. No entanto essa forma foi posta em
questão devido a sua amplitude, consideraram muito vaga e genérica.
2- Sabedoria
de via: seria uma forma de contemplação do mundo e dos homens pra nos conduzir
a uma vida justa , sabia e feliz. Contudo essa forma diz o que se espera da
filosofia, mas não o que é e o que faz a filosofia.
3- Esforço
racional para conceber o universo como uma totalidade ordenada e dotada de
sentido: aqui entra conflito com a religião, pois a filosofia procura discutir
até o fim o sentido e o fundamento da realidade. No entanto a própria filosofia
já não admite que seja possível um sistema de pensamento único que ofereça uma
única explicação para o todo da realidade.
4- Fundamentação
teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas: a filosofia se interessa
por aquele instante em que a realidade natural e a histórica tornam-se
estranhas, espantosas, incompreensíveis e enigmáticas, quando o senso comum já
não sabe o que pensar e dizer e as ciências e as artes ainda não sabem o pensar
e dizer.
A autora finaliza o capitulo introdutório questionado se a filosofia é
útil ou não. Sendo tão abstrata e ao mesmo tempo fundamental na atividade
intelectual humana, percebe-se que a filosofia é um instrumento e não produto
final, sendo útil para se chegar em
determinado estágio de pensamento, e inútil para a criação de algo sem
propósito.
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