quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Resenha do filme: 1984



Resenha do filme: 1984
O filme é uma adaptação para o cinema de um livro de mesmo nome. Escrito em 1948, por Geroge Orwell. Trata-se de uma ficção cientifica e drama em um mundo pós-guerra, onde um homem questiona um sistema totalitário.
Uma das intenções do autor era criticar os estados totalitários da época, a URSS estava em ascensão com a guerra fria. A grande critica é feita as ações do Estado, elementos como a nova língua, big brother, Ministérios, policia da mente, etc., revela todo um sistema de controle do Estado sobre os cidadãos.
A história conta a vida de um homem comum, que trabalhava em um desses ministérios, responsável por informações ele acaba se envolvendo com uma mulher, e vivem um romance em segredo, até serem capturados e passarem por um processo que os torna aptos a fazerem parte da sociedade idealizada por um partido totalitarista.
O filme mostra diversos aspectos da vida humana, da sociedade,  do Governo, e como cada um desses elementos se relacionam para atingir os objetivos de um partido, que nesse caso não se resume a um mero partido político, mas sim uma ideologia, uma economia, uma cultura para se alcançar um modo de vida.
Um dos pontos a se destacar, é que embora o autor tenha escrito uma critica ao sistema soviético, os mesmo sistemas podem ser comprados aos governos Neoliberais modernos, todos os elementos estão presentes, desde os conceitos mais simples como os de encher o dia a dia com informações fúteis e ilusionistas, até mesmo idéias complicadas como a  apresentada logo no inicio do filme de que “quem controla o passado controla o futuro, quem controla o presente controla o passado”.
O controle social é alcançado por determinadas condutas do Estado, uma das lições mostradas é que de fato, nem um Governo antigo o poder sem uma base intelectual, a idéia de proletários governando é absurda, pois o próprio governo não permite a educação para que se torne viável, Assim surge uma figura ideal, um símbolo a ser seguido, como um ídolo, o Big Brother, um idealizador, que não precisa necessariamente existir, basta apenas que as pessoas reconheçam seus ideais
Para o controle social se completar é preciso haver também um inimigo comum, que por sua vez também não precisa ser real, apenas temido. Com isso sempre haverá uma razão para algo que der errado, ou para culpar uma falha do sistema político incorrigível.
Praticas hoje vista com clareza por todos os governos do mundo atual principalmente nos países de grande população ou de grande poder político econômico. Exemplos disso são os EUA e sua guerra interminável contra terroristas, UE declarando guerra contra a Líbia que um mês antes da primavera árabe realizava exercícios militares. Mas os exemplos não se resumem nos países de primeiro mundo, no Brasil vemos um claro exemplo do estado praticando seus ilusionismos com uma política de eventos como copa do mundo FIFA e Olimpíadas distraindo a população para problemas mais importantes.
A historia de 1984 foi escrita em 1948, para tentar criar uma reflexão sobre a ameaça comunista que havia na Europa, no entanto mostrou-se uma profunda análise de como age um governo, e que não precisa ser necessariamente totalitarista. A busca por poder é capaz de fazer os homens, governos e Estados cometerem os mais terríveis crimes contra a humanidade, como diz uma frase do próprio filme, o poder não é o meio, é o fim a ser atingido.

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